O que é pré-eclâmpsia?
Caracterizada como complicação da gravidez, a pré-eclâmpsia está associada à hipertensão. Entenda quais são os riscos para a mãe e bebê.1,2
A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada por um quadro de hipertensão arterial que se desenvolve durante a gravidez, associada a sinais de comprometimento de alguns órgãos do corpo. A disfunção dos rins é uma das consequências mais comuns e pode ser identificada por meio dos níveis elevados de proteínas na urina.1,2
Em pacientes com pressão arterial previamente normal, a pré-eclâmpsia costuma se manifestar após 20 semanas de gestação e pode ocasionar complicações graves, tanto para a mãe quanto para o feto.1-4
Quais são os riscos da pré-eclâmpsia?
A restrição de crescimento fetal e o parto prematuro estão entre os principais riscos da pré-eclâmpsia, já que as artérias que transportam sangue para a placenta também estarão afetadas. Se a placenta não receber sangue suficiente, há comprometimento do nível nutricional e da oxigenação do bebê.1
A prematuridade também é um outro risco importante, pois, nos casos mais graves, há a necessidade de antecipação do parto.1,4
Essa condição também aumenta o risco de descolamento prematuro da placenta, uma condição na qual a placenta se separa da parede interna do útero antes do parto, trazendo risco de vida para o bebê e para a mãe.1,4
Quando a pré-eclâmpsia não é controlada, a paciente pode desenvolver um quadro de eclâmpsia -, que é o agravamento da pré-eclâmpsia associada ao aparecimento de convulsões. Pela gravidade do quadro, além de outras medidas, requer a antecipação do parto.1,4
Outros órgãos, além dos rins, também podem ser atingidos pela pré-eclâmpsia, como o fígado, pulmão, coração, olhos e o cérebro. Pode ocorrer, também, a destruição das células vermelhas do sangue e das plaquetas (células sanguíneas importantes para a coagulação), associadas ao aumento das enzimas do fígado, caracterizando uma condição preocupante chamada síndrome HELLP.1-4
Quais são as causas da pré-eclâmpsia?
Os fatores que causam a pré-eclâmpsia são múltiplos e, ainda, não totalmente esclarecidos, mas acredita-se que a raiz do problema esteja na saúde da placenta. No início da gravidez, novos vasos sanguíneos se desenvolvem e evoluem para enviar sangue de forma eficiente para a placenta.1
Em mulheres com pré-eclâmpsia, esses vasos sanguíneos não se desenvolvem adequadamente.1-4
As causas desse desenvolvimento anormal podem incluir:
- fatores genéticos;
- danos aos vasos sanguíneos;
- problemas com o sistema imunológico;
- fluxo sanguíneo insuficiente para o útero.1,4
Há, ainda, os fatores de risco, que aumentam as chances de uma mulher desenvolver pré-eclâmpsia na gravidez. Alguns deles são hipertensão crônica, histórico familiar ou pregresso de pré-eclâmpsia, obesidade, idade, primeira gravidez, gestaçãoo múltipla, gravidez com um novo parceiro, diabetes tipos 1 e 2, lúpus eritematoso sistêmico e fertilização in vitro.1-4
Quais são os sintomas de pré-eclâmpsia?
Algumas mulheres com pré-eclâmpsia não têm nenhum sintoma. A hipertensão pode se desenvolver gradualmente ou se instalar de uma vez. Por isso, o monitoramento da pressão arterial faz parte dos cuidados essenciais do pré-natal.1,2,4
Já as pacientes que possuem sintomas, podem apresentar:
- náusea ou vômito;
- fortes dores de cabeça;
- função hepática prejudicada;
- diminuição da produção de urina;
- contagem baixa de plaquetas no sangue;
- falta de ar, causada por fluido nos pulmões;
- excesso de proteínas na urina ou sinais de problemas renais;
- dor abdominal superior, geralmente sob as costelas do lado direito;
- alterações visuais, incluindo perda temporária de visão, visão turva ou sensibilidade à luz.1-4
O aumento súbito de peso e o inchaço também podem ser associados à pré-eclâmpsia, mas não são considerados sinais confiáveis, já que podem ocorrer em gestações normais.1,2,4
A pré-eclâmpsia é considerada uma complicação séria em gestantes. Siga as orientações do seu médico durante o pré-natal. Cuide da sua saúde e da segurança do seu bebê!
Referências
M-N/A-BR-11-21-0020 – APROVADO EM FEV/22